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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Como eu me ferrei bonito na GP de Monaco

Primeiro erro: Pensar que veria alguma coisa sem pagar nada no GP de Monaco. Talvez por achar que a organização seria gente fina assim como a de Interlagos, que não se importa com a dezena de pessoas penduradas em árvores ao redor do circuito assistindo e fotografando a corrida.

Segundo erro: Acreditar que um bar localizado estrategicamente acima do traçado de Monte Carlo, e que vendia um copo de cerveja a €5 não cobraria a mais pela regalia de uma das melhores visões dos carros saindo do túnel.

Resumindo a frustração: Rodei a cidade feito um mané, acompanhado de mais dois amigos loucos para fotografar o warm up. Eu, na verdade, estava mais interessado em ver carro na pista, nem estava tão preocupado com bons ângulos para fotos, embora tinha comigo a câmera e uma lente zoom 70-300, que me servia mais como luneta que como lente fotográfica. A desgraça é que aqui a organização do GP é rigorosamente meticulosa quando o assunto é barrar curiosos. Em todos os pontos da cidade de se tem possibilidade de avistar o traçado do circuito são colocados tapumes altos de metal. É praticamente impossível ver alguma coisa.
Após rodar mais de uma hora nas tortuosas ruas de Monte Carlo encontramos um bar com terraço de onde se via uma parte da subida do cassino e saída do túnel até a reta oposta. De cara já estranhamos a entrada gratuita, ligeiramente inteligível no copo de cerveja vagabundo a €5 e o café lazarento de ruim por €2. Mas o lugar no momento estava perfeito, até pelo sinal wi-fi de internet liberado. Ficamos ali por uns 50 minutos na doce ilusão de avistar os treinos de aquecimento até que, faltando uns 10 minutos para o início da bateria de grã turismo européia, que antecede o warm up, o dono do bar passou cobrando a taxa módica de €25 pelo lugar na mesa. Coito interrompido sem dó! Não seria ruim se a gente não tivesse que retornar para o navio em menos de uma hora. Se m nada a fazer pegamos as mochilas e voltamos para o navio. No fim acabei vendo pela TV com sinal de brodcast terrível. Não fosse pela Ferrari exposta em Rio Negro tempos atrás eu ainda nem saberia ao vivo o que é um F1.
Nunca estive tão longe de alguma coisa tão próxima.

Como eu me ferrei bonito na GP de Monaco (fotos)


Tratamento de honra dado pelo príncipe aos turistas.




Final da reta oposta.




Vista do bar, mínima mas aceitável.




sexta-feira, 22 de maio de 2009

E ainda falam da culinária dos caras

Isso é Sicilia. Por isso que eu só como peixe. Embora eles façam uma espécie de cochinha recheada com arroz que é muito gostosa, o nome é Aranchino. Vale a pena, mas tem que comer bem quente!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Comentários rápidos

Ontem estava novamente em Catânia, sul da Itália, terra dos verdadeiros mafiosos. É impressionante como todos falam com sotaque carregado e com a voz rouqueijando, parecendo que o cigarro atua forte na deterioração das cordas vocais. Italiano fuma muito. E é muito mal educado. Pelo menos os sulistas, que dizem ser os verdadeiros italianos. Embora o sotaque denuncie que o seu dialecto é muito distante da língua dita oficial, que pelo que pude observar, só é falado mesmo na região da calábria, bem mais ao norte.
A melhor coisa do lugar é a visão fantasmagórica do vulcão Etna, ativo como nunca e coberto de neve, uma das coisas mais impressionantes que já vi na vida. A cidade é velha, histórica e caótica, como, lógicamente, deveria ser uma vila construída aos pés de um deus da terra e lava quente. À noite, há dezenas de quilómetros, se pode avistar a lava vermelha sangue, escorrendo pela encosta, bailando um balé fatal para qualquer coisa que atreva-se a aceitar o convite para a dança. Uma visão que faz valer a pena os dias longos de trabalho longe da família e dos amigos.